Hello, coffee lover! O café nosso de cada dia carrega muito sabor, processos e, também, muita história! Pode ser que você não saiba disso, mas o café foi descoberto na Etiópia (a segunda nação mais populosa da África, em 5º lugar como maior produtor de café do mundo – com o Brasil em 1º lugar).
Ao longo dos anos, o café foi distribuído de nação em nação e seus sensoriais foram se transformando cada vez mais. Novas espécies de café foram se estabelecendo, já que cada país possui um tipo de terra, clima, altitude – por aí vai!
Aqui no Brasil temos uma grande variedade de cafés e eles são bem diferentes dos cafés etíopes. Se você quer se aprofundar mais nesse assunto, continue lendo esse post que foi escrito especialmente para você!
A história da origem do café
Apesar dos outros países terem sua história com o café bem registrada, a Etiópia não contém esses registros do começo, sendo assim, a história começa com uma lenda interessante e um tanto quanto cômica.
Havia um jovem pastor de cabras que se chamava Kaldi que viveu por volta de 850 D.C (assim diz a lenda). Todos os dias ele levava suas cabras para pastar em diferentes pastos. Certo dia, Kaldi percebeu que uma de suas cabras estava saltitante e energizada demais.
Ele investigou e descobriu que a cabra estava comendo frutinhas de um arbusto. Ele se aproximou, comeu algumas delas e se sentiu elétrico, com muita energia. Pegou um punhado dessas frutinhas e levou para casa onde encontrou sua esposa que o encorajou a levar as frutas para o mosteiro no Lago Tana.
Quando Kaldi chegou no mosteiro ele não recebeu a reação que esperava. Ele ouviu um monge dizer “isso é coisa do demônio” e o viu jogar suas frutinhas no fogo. Porém, o aroma do grão de café veio à tona e os monges não resistiram.
O monge líder ordenou que as sementes fossem embebidas em água quente para preservar os sabores. Naquela noite, enquanto os monges bebiam o café e experimentavam sua energia, eles juraram tomá-lo diariamente para alertá-los em suas devoções noturnas.
Bom, esta é a lenda mais comum, mas também sabemos que alguns monges da Etiópia já mastigavam os frutos do café para obter energia desde antes de 850 D.C. Também temos motivos para acreditar que os guerreiros tribais comiam o fruto do café antes de ir para a batalha e existem outras comprovações históricas que contradizem a lenda, mas é a que contamos quando vem a pergunta “de onde surgiu o café?”.
A vinda do café ao Brasil
Como vocês já sabem, o café não é nativo brasileiro, ele teve que ser plantado no país. Nós temos a certeza de que a primeira muda de café a vir para as nossas terras chegou em 1727 diretamente da Guiana Francesa pelo sargento-mor Francisco de Mello Palheta.
Por incrível que pareça, aqui no Brasil também existe uma lenda que não muda os fatos mas deixa essa história ainda mais interessante – senta aí que vamos contar com detalhes!
Tudo começa quando os portugueses estavam sedentos por uma fatia do mercado cafeeiro, eles viam esse mercado crescer cada vez mais e sabiam que o Brasil tinha um grande potencial por ser uma terra muito fértil.
Quem tinha sementes de café era a Guiana Francesa, porém, o governador era relutante em deixar as sementes serem exportadas. Sendo assim, Francisco Palheta foi enviado à Guiana Francesa em uma missão diplomática para resolver uma disputa por fronteiras que, na verdade, tinha outras intenções – trazer café para o Brasil.
Durante sua viagem (segundo a lenda) Francisco teve uma sacada de mestre e seduziu ninguém menos do que a esposa do governador. Ela ficou tão perdidamente apaixonada pelo nosso espião que secretamente deu para ele um buquê enriquecido com sementes de café – o mesmo café que, hoje, temos a maior produção do mundo e, também, somos o maior exportador.
Brasil X Etiópia no café especial
Como dissemos anteriormente, aqui no Brasil temos uma grande variedade de cafés e eles são bem diferentes dos cafés etíopes. Atualmente foram contadas mais de 6.000 espécies de café pelo mundo e não se sabe ao certo definir qual é a variedade dos cafés etíopes, mas eles chamam de ”k’irisi”, traduzido do amárico para o português, “herança”.
No Brasil, 76,04% das plantações de café são da espécie primária Arábica e 23,06% Robusta. Somos o país número um no mundo em plantação de exportação de café. A Etiópia também está presente neste ranking como a quinta colocada.
Porém, como estamos falando de café especial, a Etiópia possui uma vantagem. O café especial ainda não possui representatividade em grande escala aqui no Brasil, a maioria das pessoas não o conhecem e muito menos consomem. O café brasileiro, em sua maioria, é o tradicional preto e amargo, enquanto na etiópia a grande maioria da colheita é seletiva e está à nossa frente em termos de café especial.
Uma característica em comum interessante é que a Etiópia e o Brasil são os dois únicos países produtores e exportadores de café que apresentam níveis significativos de consumo interno.
Esperamos que esse post tenha te ajudado a entender mais sobre a rica história do nosso café de cada dia. O nosso intuito é espalhar cada vez mais conhecimento sobre o café especial para ampliar a sua democratização, sendo assim, a sua leitura já fez toda a diferença!
Aqui no nosso blog temos um post sobre o que é café especial que indicamos a leitura – até mais, coffee lover!